A arte flui por nossos corpos
Nossos poros e nossas bocas
Rimos ingenuamente num desejo secreto
Louvando a roda sem fim
Imitamos tão bem as marionetes
Porém não somos tão eloqüentes quanto elas
E muito menos tão...
Agimos como acreditamos ser certo
Como nos ensinaram a acreditar
Mas o que sentimos não pode ser negado
E o que negamos é porque não faz mais sentido
Somo heróis de outrora lutando contra os deuses
Deuses nós mesmos, observando e julgando
Logo seremos capazes de amar-nos como poucos fizeram
E fazer o que poucos amariam
As lembranças nos consomem aos poucos, é fato
Entretanto somos fortes e guerreiros, e não caímos tão facilmente
Pois hoje é dia de poesia
E nada pode ocultar as verdades proclamadas hoje
As ruas estão vazias
Os olhares se notam
As paredes são frias
As almas se tocam
As janelas estão sendo abertas
Os trens estão chegando
As escolhas não são mais certas
As luzes estão se apagando
As propagandas estão sendo vencidas por sons inconstantes
Guitarras crescentes
Gritos inspiradores
Rimas de rap
Notas dodecafônicas
Instrumentos múltiplos
Batidas espanholas
Baiões e forrós
Ruídos irreais
Solos distorcidos
Cantores medievais
Sopros melancólicos
Baixo e bateria
Óperas profundas
Cornucópias sonoras
Silêncios embaraçantes
Guitarras crescentes
Gritos inspiradores
Rimas de rap
Notas dodecafônicas
Instrumentos múltiplos
Batidas espanholas
Baiões e forrós
Ruídos irreais
Solos distorcidos
Cantores medievais
Sopros melancólicos
Baixo e bateria
Óperas profundas
Cornucópias sonoras
Silêncios embaraçantes
Hoje a noite é de ironia
Nossa obra se ergue imponente sobre
Uma sombra a nos dizer que a guerra não acabou
O delírio do amor vem com o vento
E se mistura a embriaguez da vitória
A glória da batalha enaltece-nos
E brindamos à cicatriz na face do céu
Hoje a noite é de ironia
Mas a manhã sempre volta
São Paulo
2002/2003
Nossa obra se ergue imponente sobre
Uma sombra a nos dizer que a guerra não acabou
O delírio do amor vem com o vento
E se mistura a embriaguez da vitória
A glória da batalha enaltece-nos
E brindamos à cicatriz na face do céu
Hoje a noite é de ironia
Mas a manhã sempre volta
São Paulo
2002/2003
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