O poeta morto não escreve
Só se queixa, se remói por dentro
Tem alguma inspiração breve
Que rápida some com o vento
Escrever, não escreve; faz só
Seus exercícios de produção
Removendo dos cantos o pó
Tirando sentido da ação
O poeta morto vive sem
Ter qualquer motivo para tanto
Das palavras é mais um refém
Mudo, reconhece (por enquanto)
Que vive sim; seguindo absorto
Indiferente, como um morto
Nenhum comentário:
Postar um comentário