I

Não quero o amor banal
O amor de carne e sêmen
O amor das palavras bonitas
Submisso, derrotado, medroso
Solitário.

II

O amor é irmão da tragédia
E só começa a se conhecer
Pelo sofrimento
Depois de muito sofrer, percebo isso
Amo-a tanto que sofro

III

Num dia de sol e silêncio
O sangue escorre de meus braços
Não se pode confiar em ninguém
O amor bate na aorta
E o amor é tudo que importa

São Paulo
circa 2005

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