Resenha da obra Elogio da Loucura de Erasmo de Roterdã

É certo que nada de bom será escrito hoje, mas mais uma vez me vejo obrigado a sentar e fazê-lo mesmo assim. Sem mais baboseiras, vamos direto ao assunto. Elogiar a loucura não é uma tarefa fácil, mas Erasmo se superou. Eu nunca li um livro tão ruim quanto esse. Não o leiam.

É certo que nada de bom será escrito hoje, mas mais uma vez me vejo obrigado a sentar e fazê-lo mesmo assim. Qual foi o intento de Erasmo ao escrever tal livro? Terá ele sido realmente louco? Será a razão apenas um dos domínios da loucura? Quem foi que deixou o ovo queimar?

É certo que nada de bom será escrito hoje, mas mais uma vez me vejo obrigado a sentar e fazê-lo mesmo assim. O Elogio da Loucura é uma obra interessante; colocando-se no papel da deusa Loucura, Erasmo se dirige a uma platéia imaginária e desenvolve um extenso argumento criando seu próprio elogio. Além de contar vantagens para si mesmo a todo instante; Erasmo ataca a igreja, os estudiosos e os filósofos, como é de se esperar que alguém de sua época fizesse. Ele também nos conta daqueles a quem envia sua benção, e que vivem pela sua lei; e prova que esses são mais os mais felizes dos homens. Em seu séquito podem ser incluídos todos e ninguém, tal é a magnitude da Loucura.

É certo que nada de bom será escrito hoje, mas mais uma vez me vejo obrigado a sentar e fazê-lo mesmo assim. É estranho pensar em se defender a Loucura através de um argumento racional. Afinal de contas a loucura ainda é irracional, não é? Sim! Mas quem foi que disse que ela era burra?

São Paulo
2002

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