Nota sobre o olhar

Não há sensação pior do que quando me dou conta que estive na companhia de uma pessoa sem olhá-la nos olhos. E é igualmente decepcionante quando olho nos olhos de alguém e é o outro que não me vê; não porque está concentrado em outra coisa qualquer mais fascinante, mas simplesmente porque está anestesiado, conformado, indiferente. Como um zumbi, desprovido de vida desperta ou onírica.

Porto, Portugal
2007

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